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sábado, 25 de maio de 2013

No vazio

São noites em que não adormeço, em que por ser noite, todo o dia parece terminar ali, todos os meus dias.
Lembro-me do que esqueci, lembro-me do que não me devia lembrar, peço desculpa a todos os que me magoaram, culpo-me de tudo por tudo o que vou fazer.
Não percebo porque no nada choro em vez de tentar dormir, não compreendem, o quão distante da realidade me sinto por debaixo dos meus lençóis, e eu não compreendo de que realidade falo.
Estou deitado, enrolado em mim, nu, em cima de um gigante cubo de pedra frio, no negro do espaço.
Tenho tremores, suores frios, sons estranhos e arrepios.
Todos me carregam cada vez mais fundo, enquanto os meus pensamentos proceguem sem mim e sem sentido.
Todos correm através de mim, a falar das suas conversas imperceptíveis.
O único som que percebo é o batimento do meu coração, que desvanece lentamente, no vazio.