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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Grupos

Não há provavelmente nada que me meta mais nervoso em todo o meu percurso de ensino, do que fazer grupos.
A minha dificuldade de me relacionar com quem não conheço, associada às amizades super superficiais que pareço formar, fazem de mim uma não opção para qualquer grupo de trabalho.
Sou aquele que tem de pedir a um grupo de pessoas com quem penso me dar bastante bem, se posso estar no seu grupo.
Sou aquele que já está sem grupo antes mesmo de dizerem para os formarem.
Sou aquele que se ficar sem grupo ninguém nota, porque não adiciouno valor ao trabalho, e porque não estou intimamente ligado a ninguém o suficiente.
Sou aquele que ninguém nota se deixar de existir.

Não, não tenho raiva para com essas pessoas.
Tenho raiva para comigo, tenho pena de mim, odeio-me por não conseguir mudar e ser quem não sou.
Odeio-me porque o que sou não basta, nem para dar o primeiro passo.
Odeio a imagem que dou a todos, com que todos ficam de mim.
Não sou suficiente para um grupo, qualquer que seja o tamanho dele.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Existir

Não compreendo como é possível acreditar-se que existe algo mais para além do que realmente somos.
Um acumulado de moléculas bem organizadas, que interpretam outras moléculas, que preferem continuar a ser, ou por uma razão ou outra, preferem deixar de coexistir, sem qualquer tipo intenção singular.
Assim se percebe que não existe sentido ou razão para a existência, quando o ser quer deixar de querer existir, se percebe que o seu acontecimento nada mais tem de especial do que milhões de anos de evolução, o qual não passas do resultado.
Apenas mais um na cadeia.
Felicidade não passa de uma desculpa para prosseguir a existir.
Nesse caso...
Talvez os átomos que me formam, se reúnam em algo mais feliz da próxima vez

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Peça #4

I now undeerstand what I didn't get then
I got my self now, I do stand a chance 

domingo, 8 de setembro de 2013

O Regresso

Ja oiço o comboio ao longe.
Ja sinto o frio pela cara e pelo pescoço.
Sinto o bater do coração irregular.
Sinto a pressão de fazer melhor do que sou, sem saber como, sem recompensa.
Espero só pelo tempo de confirmar a minha incompetência.

Peça #3

In dreams there is only reality
And reality has become a nightmare