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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Fall

I falled in love for the wrong person
For the right reason
I learned to fall

domingo, 27 de janeiro de 2013

Inteligência - pt3

Há outro factor no nosso cérebro, que sendo perfeitamente lógico, é bastante frustrante. O facto de não conseguir sentir, imaginar ou conceber, algo que já não exista.
Tudo o que faz é amassar e empacotar numa nova embalagem, pouco diferente inicial.
No evoluí-mos,não revolucionamos, destruindo o sonho de quem acha que vai inventar a pólvora.
Essa que o ditado diz foi a ultima grande invenção.

Será que confundo?
Será a invenção independente da necessidade de ser inteligente?
Será a criatividade medida, comparando o melhor que uma dita espécie fez?
Terá ela uma medição?
Tenho a certeza que não estaria no topo.

Existe este e aquele momento em que me sinto tão bem comigo e com o que faço.
Com o que concebo e projecto, com o que acho ser novo e criativo, mas sempre sinto aquele vazio no meu cérebro que me lembra que não foi assim nada de especial, e que alguém já o fez melhor.

Se fosse inteligente não me preocupava com isso.
Se fosse inteligente sabia o que dizer quando procuro dizê-lo-
Se o fosse, não escrevia nada disto.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cruz Quebrada

O terceiro mundo da linha ferroviária de cascais.
Numa transgressão não intencional (que espero não repetir) acontece que fui obrigado a parar na estação da cruz quebrada, um local onde parece que o tempo parou no século XIX.
O tempo parou mas o aço enferrujou.
Os carros a pouco mais de 50 metros mal se fazem ouvir.
A máquina de carregamento está naturalmente avariada, e o vulgar café bar quem tem as janelas comidas por algum bicho devorador de madeira, teve naquela manhã o maior ganho dos últimos 10 anos, dois chotes de Johny Walker para o chefe da mesa do canto.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Voltar

Apetece-me voltar.
Acho que todos temos, algures em nós, em algum período da nossa vida, uma vontade de voltar a algum lado, a a um tempo.
Depois de tudo o que se passou, começo agora a sentir saudades, ao que parece, chegou agora a onda de choque.
Apetece-me voltar.
Num tempo em que tudo era tão simples.
Chegava a casa da minha avó, num dia de verão abrasador, direito um beijinho, à esquerda na cozinha esperavam-me fatias de meloa fresca.
Trazia-as para a salinha minúscula, escura mas quente, já só de boxers me esponjava pelas duas poltronas, e ligava a televisão.
Com alguma sorte, estaria a dar o batatoon ou os digimon.
Inspirava-me as aventuras, os montros, a emoções, as personagens, a música, e a esperança de que talvez um dia podesse entrar no mundo digital, e visitar todos aqueles lugares.

Hoje passo, quase todo a minha, num mundo digital um pouco diferente, e só penso que o que eu queria realmente, era aquilo sitio, estar naquele momento, apenas mais uma vez que fosse...e sonhar...sem nunca acordar.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Dor de não Sentir

De qualquer forma, não sinto as pessoas a partirem.
Sinto quando alguém escolhe partir, sinto quando alguém prepara a sua partida, morrendo todos os dias um pouco mais, mais um pouco, até que, cá fora ou o lá dentro, não reste do ser que antes conhecia-mos.
Foi isso que mais me impressionou, foi isso que mais me doeu.
Mas, ao contrario da maior parte, não colapso quando alguém morre, ao inicio penso, nunca mais a verei, nunca mais lhe falarei, mas mesmo isso não me assusta, eu desligo dos mortes, passo à frente, uma parte do meu dia que seria gasto com essa pessoa, agora não o é.
É assim que vejo e sinto a morte de quem me é próximo, e é isto na realidade, que me dói.
Dorme não sentir.
Sinto-me culpado por vezes, sinto que não gostava assim tanto dessa pessoa, sinto que afinal, se calhar, não tinha a ligação a essa pessoa que deveria ter tido, ou que achava que tinha.
Aconteceu no passado e acontecerá no futuro, o facto dos mortos não me causarem sofrimento ou segundos pensamentos, não me fazem pensar, nem sequer me fazem desesperar.
Apenas penso, o que aconteceu aconteceu, e agora estou cá e para continuar a viver, esperando que a linha da vida tenha muitos desvios.
No fim, os vivos continuam a ocupar a maior parte da minha conciencia, pois mesmo que sinta algo por ambos, esses sim escolhem afastar-se de mim...

Doença

O distúrbio que nos corrompe a mente e o corpo.
Invisível, e muitas vezes inexplicável, corrói-nos por vezes até estarmos irreconhecíveis.
O que é incrível, é que não apenas sofre o doente, mas também a família, o amigo, a pessoa que tanto a quer ver feliz.
A doença tem esse efeito em nós, que o nosso cérebro criou, de destruir não apenas apenas a pessoa em que toca, mas todas as pessoas que lhe são próximas.
Doeças crónicas, doenças que estão connosco, com o próximo, para o resto das nossas vidas, doenças paras as quais não existe cura, e ao invés de morrermos repentinamente, esperamos a nossa morte, sofremos pelo que faz ao nosso corpo, sofremos por antecipação do inevitável.
Fazem-nos pensar sobre a fragilidade da nossa carne, da nossa vida.
A mim, faz-me pensar que não passamos de casulos de parasitas, ecossistemas para criaturas que não reconhecem que destruirão o único sistema que os mantém vivos.
Somos nos afinal de contas...