Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Guilt

Tenho tentado perceber algo na vida, durante mais de uma década, uma década, e ainda sem resposta, no mínimo definitiva.
Eu compreendo que vivemos em sociedade, compreendo que todos temos algum tipo de direitos e deveres para com todos, e compreendo que temos escolha sobre eles.
Democracia, right?

O que eu não percebo está muito mais patente no subconsciente das pessoas do que estas regras.

Reparei que existe algo, no subconsciente, que eu acabei por chamar de "paga-me e retribuo-te"
A maior parte parece ter um tipo de sistema automática de retribuição, seja afectiva ou de qualquer outro género, para os melhores e mais "importantes" , que investiram algum do seu tempo, energia, ou intelecto nessa pessoa.
Simplificando, se alguém nos fizer rir, se alguém nos der um presente, se esse alguém for muito simpático connosco, se nos ajudar sempre que precisamos, trataremos essa ou essas pessoas, melhor do que trataremos um completo estranho.
Pensando bem, estará isso errado ou haverá sequer um?
O que sei, é que nem é esse comportamento que me faz confusão.
O que me confunde sã os supostos amigos.

A amizade com vários, diversificados, e complexos graus.
Amizades com diferentes níveis para cada amigo, dependendo se estamos a falar sempre a falar bem, se  rimos muito ou pouco.
A capacidade de dizer, este realmente é O meu melhor amigo, os outros são pessoas que eu ate falo, mas simplesmente não investiram tanto tempo em mim e não foram tão simpáticos.
Confunde-me eu nunca perceber em que nível está a nossa "amizade".
Confunde-me não compreender como fazem grupos automaticamente com uns amigos e não com os outros não tão amigos.

Odeio sentir-me alienado pelo facto de que não estar tanto no subconsciente da pessoa como outros.
Culpado por não ser tão amigável, mais dias do ano, como outros.
No entanto compreendo
-Preciso de alguém que seja sempre o melhor comigo, que esteja sempre no melhor humor comigo, para seja o amigo que entre no meu subconsciente, não és verdadeiramente amigo se hoje estas de bom humor e amanha não falas.
É este tipo de conversa que eu penso que se passa entre o processamento automático do cérebro e o resto.
Uma conversa de criança que o resto não reprocessa.

Sinto-me culpado por não conseguir ser esse regular, amigo, sentindo amigos mudos depois de já não terem de me ver todos os dias, amigos evitando contacto.
-Se não disser olá, não lhe vou dizer.

-Só se precisar dele...

Sem comentários:

Enviar um comentário