A noite silencia tudo o que me rodeia.
O meu medo de silêncio rodeia-me.
Não quero estar só.
Só quero ocupar o meu cérebro com mais uma hora de luz e cores, mais meia hora de som irreconhecível, sem linguagem nem tradução.
Por favor ocupa-me mais uns minutos antes que os meus pensamentos tomem conta do vejo e ouço.
Do que sou.
Por isso, assim que isso acontece, enquanto imploro para que no próximo pestanejar, veja o que me rodeia, deito-me sentindo a respiração dos lençóis.
Tenho conforto na fôlego do que sei não existe, nesse momento sei que estou controlado pelo que sou, o que não existe.
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