Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Para quê?

Se a pessoa de quem gosto mal gosta de mim.
Se o meu ouvido continua sem ficar melhor e nunca ficará.
Se filmes e músicas deixam de me dar prazer.
Para quê estar aqui?
Não se culpem, a culpa não é de nenhum de vós, nem estão a perder a perder nada, se eu nunca vos iria dar mais nada.
Eu não quero mais nada, não quero trabalhar, não quero dinheiro, não quero nada porque não consigo viver com isto.
Obrigado pelos bons momentos.
Adeus.

domingo, 28 de abril de 2019

A Doutora

-Luisa podes ir embora que eu fecho a porta depois. - diz uma voz que reconheço, ecoando da porta no fim do corredor, e à qual me dirijo. 

- Até amanha então beijinhos. - despede-se uma rapariga acenando um adeus para dentro do gabinete, cruzando-se comigo, olha nos meus olhos, esboçando um sorriso leve que retribuo.

Chegado à porta deparo-me com a doutora de costas para mim do outro lado da sala lavando fazendo algo no balcão que não consigo perceber.

As suas curvas captam imediatamente a minha atenção mesmo por de baixo da sua comprida e profissional bata branca.

Deixando-me parado mais segundos do que o que devia, bato à porta duas vezes ao de leve com o nó do dedo médio anunciando a minha presença.

- Pode-se? - digo, fazendo a doutora despachar o que estava a fazer, respondendo com um "Entre!" simpático e convidativo, antes mesmo de se voltar para me ver.

- Henrique! - diz ela surpreendida por me ver, não eclipsando a minha supressa.

- Wow, acho que não podia ter escolhido uma clinica melhor. - digo enquanto caminhamos na direção um do outro, dando um abraço afetuoso, sentindo o seus seios pressionados contra mim pouco mais baixo que o meu peito, e durante o qual um sorriso aberto e nervoso emana da cara dela.

- Wow digo eu, estás diferente, à quanto tempo não nos víamos?

-Desde o segundo da faculdade, quase seis anos já. Tu ao contrário estás igualmente gira.

-Então não, o segredo é usar uma bata um tamanho em cima.

-Sabes que uma mulher atraente fica muito mais quando não o tenta ser.

-Estás a ver, tudo planeado. Senta-te senta-te - diz com uma boa disposição contagiante.

Sento-me na cadeira de dentista enquanto ela vai buscar algo à mesa, momento em que aprecio com uma nova luz as curvas sensuais daquele corpo que tão bem conhecia.

-Então e o que vens cá fazer?

-Eu vinha só fazer um checkup anual, mas já não tenho a certeza que essa seria a melhor forma de despender o meu tempo.

Vendo-a vir na minha direção com um sorriso maroto responde-me:

-À sim? E então o que seria uma boa forma despender o teu tempo?

Ao invés de parar na cadeira onde estou deitado, ela desvia-se para fechar a porta do gabinete que se encontra atrás de mim.

Sem possibilidade de olhar para ela, fecho os olhos e relaxo na cadeira que se encontra numa posição bastante horizontal.

- Preferia se calhar conhecer de novo a minha antiga colega de turma. - digo sentindo a cadeira em que estou a subir.

- Ou preferias relembrar-te da tua antiga colega de turma?

-Provavelmente ... - sem terminar a frase, sinto os seus lábios carnudos tocarem nos meus, com uma mão cariciosamente pousada na minha na minha barba curta.

Este toque é como um choque elétrico no meu corpo, as memória destes lábios levam-me a querer recordar a língua que sempre os acompanhava, retribuindo com a mesma caricia mas elevando para um beijo profundo.

A dança das nossas línguas fá-la soltar vários gemidos, como se estivesse esfomeada pela minha boca, recordando num instante as sensações que tinha aparentemente esquecido, como se voltasse a ter 20 anos.

O nosso beijo fogoso parecia não parar de aumentar em intensidade, como se todos os anos sem nos vermos tivessem acumulado uma tensão em nós que agora se exprimia nas sucessivas investidas que fazíamos sobre os lábios e a língua um do outro.

Sem resistir mais, a sua mão ataca o meu membro como se fosse memória muscular (e provavelmente era), agarrando parte da grande onda que se formava nas minhas calças de ganga.

Num instante, mordo-lhe levemente o lábio inferior ao mesmo tempo que a caricia da minha mão na sua cara passa diretamente para um aperto do seu pescoço, dando-lhe a entender que a sua iniciativa seria espelhada com a minha tomada de controlo da situação.

-Estás com saudades dele? - digo com num tom baixo.

- Hm Hm...

- É isso que queres?

- Hm Hm...

- Tira-me o cinto - a sua pressa e falta de jeito a tirar-me o cinto com apenas uma mão é quase amorosa, o seu foco na tarefa em mãos impedindo-a de ver o sorriso que eu esboçava.

-Pst, não disse que podias o olhar.

-Desculpa - sussurra ela, provando que ao fim de tantos anos, algumas coisas nunca mudam.

A sua submissão transportando-me para o tempo em que isto eram os nossos sábados à noite, agradecendo-lhe com outro beijo profundo.

A sua mão estava já a abrir os botões quando decido ajudar, tirando os ténis e os restos das calças com a minha mão esquerda em poucos movimentos, deixando o meu membro livre, que ela não perdeu tempo a agarrar com a sua pequena mão sem conseguir dar a volta ao meu diâmetro.

- Já me tinha esquecido do quão grande era - diz ela enquanto me masturba tão rápido quando pode, ofegante não só da excitação mas da pressão que a minha mão fazia no seu pescoço.

- De joelhos. - a ordem é claramente recebida e lembrada. Ela fica imediatamente de joelhos ao lado da cadeira de boca aberta e olhando-me nos olhos.

Sem perder tempo fico de pé, tirando-lhe a bata que fica caída no chão, e prontamente ponho o meu membro mesmo à frente da sua boca, deslizando a ponta do meu membro nos lábios, um ato deliberadamente provocador e antecipando o sabor que ela vai sentir dentro de nada.

- Abre. - a sua boca insuficientemente aberta, deixa ainda assim caminho para o meu membro abrir o resto.

O calor da sua boca e a saliva acumulada na sua língua deixam-me deslizar quase até à sua garganta.

-Foda-se, eu é que já me tinha esquecido das tuas habilidades - digo enquanto suspiro de olhos fechados, apreciando todas as sensações à volta do meu membro.

As minhas mãos atiram-se rapidamente para agarrar a cabeça dela, uma de cada lado, usando a sua boca à velocidade que eu quero, à qual se adiciona o movimento da minha anca.

Tinha-me claramente esquecido que era possível alguém inserir mais de metade do meu caralho na sua boca, mas não me parecia que fosse esse o limite.

Puxando todo o seu cabelo liso e comprido para trás, agarro-o no punho esquerdo fechado na sua nuca, usando-o como pega para forçar a ponta do meu membro a passar da sua garganta. 

Impressionantemente as suas mãos não me pediam para parar, agarrando firmemente as minhas pernas musculadas alternando entras minhas cochas e as minhas nádegas, como que se estivesse a agarrar pela vida.

Como um dominador bondoso, depois de passar largos segundos a tocar no fundo da sua garganta, retiro-o num brusco movimento a cabeça dela do meu caralho, linhas de saliva unindo-o à boca onde ele se encontrava à um segundo, interrompidos apenas quando ela instintivamente a engole, abrindo imediatamente a sua boca para inspirar de forma tão intensa e profunda que aparenta ter sido trazida de novo à vida por um choque elétrico.

De olhos abertos e certamente a processar o que acabou de acontecer, digo-lhe:

-Olha para mim, queres mais? 

segundos depois da minha pergunta e ainda a ventilar ela implora-me:

- Por favor...

Com um sorriso de satisfação com a resposta que recebi e mordendo o meu lábio inferior, agarro na base do caralho completamente duro e insiro-o na sua boca, sentindo de novo o calor do interior da sua boca, contrastando com o frio em que se encontrava fora dela.

A minha anca move-se um pouco mais rápido a cada investida, a textura da sua língua enrolada no meu membro adicionando à sensação que me está a deixar louco, à qual ela adiciona uma sensual massagem das minhas bolas.

O som das minhas investidas na sua boca cheia de saliva ecoam pelo gabinete, sendo certamente impossível que não se ouvissem caso alguém estivesse no corredor.

A minha excitação seria incontrolável se continuasse assim, mas não passei tantos anos sem ela para terminar tão cedo este recontro.

-Up up! - digo-lhe, puxando pelo cabelo que ainda mantinha firmemente na minha mão esquerda, deixando-lhe fazer a maior parte do trabalho de se por de pé, momento em que freneticamente saboreio a beijo, saboreando os fluidos de ambos, fora e dentro daquela boca mágica.

Num único movimento minucioso, a minha mão direita retira os ganchos do soutien nas suas costas, deixando-o cair nem 2 segundos depois, revelando um par de mamas tão firmes como quando se encontravam protegidas.

Os seus mamilos salientes são tão provocadores que depois de receberem um firme beliscão que a faz soltar uma gemido bem agudo, recebem o mesmo tratamento que a sua estava a receber.

- Ai, como é que tu fazes isso, eu quase me venho só assim! - diz ela instintivamente agarrando no meu cabelo enquanto devoro o seu mamilo, rodopiando a minha língua na sua aurela, chegando mesmo mordiscar levemente o seu mamilo dilatado.

A sua mão procurava freneticamente a melhor posição para me masturbar, expressando a sua verdadeira intenção.

- Senta. - digo deixando o seu mamilo para olhar no seus olhos enquanto rodamos para que ela fique sente na cadeira de dentista.

Agarrando na parte de trás dos seus joelhos faço-a encaixar perfeitamente na cadeira, assediando imediatamente os botões das suas calças, elevando as suas pernas em direção ao teto, desnudo-a completamente num único movimento que faz as suas calças e cuecas voarem pelo gabinete, caindo não sei bem onde, dando-me uma vista completa do que vou usar.

A sua cona completamente molhada brilha à luz do seu gabinete.

- Agarra-as. - exijo-lhe, empurrando as suas pernas juntas contra o seu peito, que ela abraça como se se estivesse a preparar para uma montanha russa.

A espetáculo era impossível de resistir.

Com uma mão agarrando cada nádega ataco o seu sexo numa lambidela continuo, desde o seu cu ao clitóris inchado e vermelho. Um som gutural de prazer e alívio sai da boca dela.

Era difícil decidir-me se queria continuar a sugar o seu clitóris e deixá-la prestes a vir-se, ou se continuava a provoca-la com a minha língua penetrando o seu buraco traseiro.

Qualquer uma das escolhas seria auxiliada pela minha barba curta a ruçar nos seus lábios e nas suas virilhas, lembrando-lhe do homem que a estava a deixar louca.

Sem nada a conter, os seus gritos e folego aumentavam quanto mais eu lhe sugava o seu clitóris enquanto a minha língua rodava à sua volta dentro da minha boca húmida.

O que era o meu fluido ou o dela era já uma distinção ridícula, sendo apenas certo que tanto a minha barba como o banco da cadeira se encontravam completamente encharcada.

De repente, os gritos que me ensurdeciam pararam, contendo a respiração e de olhos e testa encostada aos joelhos, um orgasmo monumental cresce dentro dela até a sua cabeça voltar à cabeceira da cadeira quando o um orgasmo monumental finalmente explode na sua mente, com um grito que muda sem ritmo constante entre estridente e grave.

Liberto-a da prisão da minha boca, e as suas pernas caiem uma estendida até ao chão e a outra dobrada em cima da cadeira com o joelho a pontar para o teto.

Uma visão de absoluta beleza, uma mulher linda e suada, exausta depois experienciar um orgasmo como já não tinha à tanto tempo.

Em pé apreciando o que parecia uma obra de arte, masturbava-me enquanto ela recuperava o seu folego.

- Foda-se Henrique, como é que isto aconteceu, o que é que tu me fizeste...

- Dei-te o que já não tinhas à muito tempo. - digo aproximando-me da cara, afastando os cabelos colados à sua cara pelo suor e beijando-a lentamente.

Com as duas mãos dela agarradas à minha cara, dou-lhe a aprovar o néctar que ela própria me deu, num beijo que poderia ser traduzido como um obrigado.

-Abre as pernas.

-Hm, não... - o que ela disse não tendo nada a ver com o que ela me estava a deixar fazer.

Deixando a minha mão roçar na sua barriga lisa, penetro o seu sexo com o dedo anelar e médio da minha mão.

Que cona suave e inchada, molhada e apertada.

- Não não, não não...- dizem aquelas lábios vermelhos repetidamente, a escaços centímetros da minha boca.

- Não quer mais doutora?

- Não não, não não...

De olhos fechados e claramente sem perceção de nada para além das sensações dos meus dois dedos a pressionarem ritmicamente o seu ponto G, o seu corpo não parava de me da intenção contrária à que lhe saia da boca.

- Queres que eu pare ... - dizendo paro completamente o movimento que explorava os seus interiores.

- Não não pares por favor não!

- Queres mais...minha puta?

- Sim, sim, sim por favor...- diz ela num frenesim, na ansia de explodir, tentando beijar-me e girando a anca para cima e para baixo, esperando que algo, qualquer coisa trouxesse de volta o orgasmo que se avizinhava.

- A quem pedes por favor?

- Ao meu dono! Por favor continue, por favor!

Ter-se lembrado desse pormenor deixou-me pronto a dar-lhe dois presentes.

Sem perder tempo, o movimento dominador dos meus dedos voltou às paredes interiores da sua cona, e o meu caralho regressou à sua boca.

Com um gemido de surpresa mas não de desaprovação, o meu membro volta a tocar no fundo da sua garganta enquanto ajudo o seu movimento com uma na sua nuca.

A necessidade de inspirar cada vez mais à medida que o seu orgasmo se aproximava era impedida pelo volume quente que penetrava a sua boca, obrigando a abrir cada vez mais deixando roçar um pouco dos seus dentes nele.

Os arranhões, porém, excitavam-me mais, a sua tentativa fracassada de acomodar a minha masculinidade demonstrando o seu esforço, a sua submissão ao meu prazer.

Não demorou até começar a sentir a vibração dos seus gemidos agudos no meu caralho, que juntamente às contrações da sua cona, anunciavam um orgasmo brutal, mas não seria o único.

- Foda-se...! - sem sequer pensar em anunciar o meu orgasmo, explodo na sua boca, aumentando a amplitude e velocidade dos meus dedos dentro dela, sentido as suas contrações involuntárias, uma atrás da outra, os seus abdominais contraindo erraticamente, a sua mão apertando com força o meu antebraço, elevando a sua anca de forma igualmente caótica e a minha mão com ela.

Instintivamente a sua garganta engole cada jato que sai de mim, impedindo que uma única gota saia para fora, tal como foi ensinada.

Alguns segundos depois do nosso orgasmo subsistir, retiro a minha mão a pingar do seu sexo e agarro firmemente uma das suas descendo ao seu nível para lhe dar uma beijo lento e profundo, saboreando agora o meu sabor na sua boca.

- Obrigado Henri... Dono tinha tantas saudades tuas, não imaginas...- tantas palavras para dizer, tanto ar para inspirar, era difícil combinar as duas necessidades.

- Não precisas dizer nada, achas que acabou?

Num completo ato de loucura, desvio o tabuleiro da cadeira e levanto a perna caída da minha submissa, e sem preservativo, ou sequer querer saber, começo a abrir caminho dentro dela.

- Oh meu deus não, és muito grande!

- Queres que eu pare puta?

- Hm...não...

- Não ouvi!

- Foda-se dono não pare...

Uma frase simultaneamente tímida e assertiva como esta era lanha para a minha lareira, e não chegou ao fim sem eu ter já o meu caralho completamente enterrado na sua caverna apertada.

- Oh meu deus como é que é possível!

As suas frases já não faziam muito sentido, e quanto mais fundo e forte eu a fodia, menos sentido faziam.

Com uma perna estendida até ao chão e uma curvada pousada na cadeira, fodo-a cada vez mais profundamente, usando todo o meu comprimento para lhe fazer sentir cada centímetro. Curvo-me para frente para ver de perto a sua cara vermelha prestes a explodir de tensão, quando se sussurro aos ouvidos:

- Continuas a ser minha, nunca deixaste de ser minha.

- Sim, sim, sim... - diz ela de olhos fechados, roçando a sua cara na minha barba.

- E a partir de agora vais ser para sempre.

- Sim dono, sim..

Durante todos os sins que pareciam não terminar, agarro ambos os seus mamilos com cada mãos, beliscando-os enquanto expludo dentro dela, tão fundo quando possível, enchendo-a de um liquido ainda mais quente que ela própria.

O seu orgasmo é despoletado pelo meu, e um grito de boca e olhos abertos é apenas contido pela minha boca que se cola à sua imediatamente.

As suas pernas tremem, esperneiam, a sua anca parece querer ainda mais, e as suas mãos arranham as minhas costas musculadas com mais força do que alguma vez senti.

O beijo termina mas permanece-mos únicos pelos nossos sexos, olhando nos olhos um do outro, não acreditando no que acabamos de fazer, ou como chegámos aqui.

Do nada ouvimos gemidos abafados do outro lado da porta, e um leve impacto na parte de baixo da mesma.

-Parece que não foste a única doutora a apreciar a sessão...

sábado, 22 de abril de 2017

Como começou

Bato à porta com o nó do dedo médio duas vezes
Ainda de óculos escuros, vindo da rua, ouço os passos do outro lado caminhando em direcção a porta.
a fechadura roda uma e outra vez, a ansiedade aumenta, até que abres a porta com um sorriso seguido de:
- Olá!
Sorrio e retribuo - Bons Dias dorminhoca.
Entro e com dois passos curtos esgueiro-me pela entrada estreita e saio do caminho da porta para que a feches.
- Oh, não me levantei agora, e já estou a comer o pequeno almoço.
- E é assim que se recebe os convidados? - digo olhando-te de alto a baixo apontando para o pijama largo e amarrotado da noite, ao que sou respondido com um mero sorriso e encolher de ombros.
Encostas-te a mim e esticas-te, em pontas dos pés, para me dar um beijo em cada face que ja tardavam em chegar. Nunca deixa de ser amoroso ver-te a esforçaste para me dares dois simples beijos. Tentas passar por mim para ir para cozinha mas bloqueio-te a passagem com uma mão na parede do corredor estreito.
- Então? Posso ir acabar de comer?
- Não...
Com um ligeiro sorriso, olho nos teus olhos abertos, reacção de quem não sabe o que está para acontecer, puxo-te para mim ao mesmo tempo que te empurro com o meu corpo contra a parede, e dobrando o meu pescoço fico a milímetros dos teus lábios.
- Não devi... -  beijo-te sem te deixar terminar , sentindo primeiro alguma hesitação nos teus lábios, que após se separarem e se voltaram a tocar se transformou em ânsia, prazer, vontade num beijo profundo.
Deslizo um braço e outro para fora do meu casaco deixando-o cair no chão, libertando-me para te agarrar com uma mão cheia o teu rabo, com a outra sentido a tua face beijando-me.
A minha mão desliza do rabo para a tua perna levantando-a dobrada acima da minha anca. Quero que os nossos corpos se fundam se toquem por completo. Quase não chegas ao chão com as pontas dos pés tentado equilibrares-te, mas de surpresa, faço o mesmo com essa perna, soltando de ti um curto gemido agudo sem separar-mos o nosso beijo, dás por ti sem pés no chão, com as pernas cruzadas à minha cintura, costas espalmadas com a parede, estás à minha mercê
O susto transforma-se em entrega, pousas as tuas mãos delicadamente em cada lado da minha cara enquanto nos beijamos furiosamente.
Mas o teu conforto não pode perdurar.
Com uma mão em cada nádega segurando-te, levo-te agarrada até ao quarto abrindo a porta entreaberta com as minhas costas virando-me para cairmos ambos na cama contigo de costas e braços á volta do meu pescoço. Agarra-os pelos pulsos e coloco-os acima da tua cabeça esticados.
- Até eu dizer, não os mexas...
Puxo então a tua camisola até ficar apenas à volta dos teus braços ao mesmo tempo que te tapa os olhos permitindo agora apenas sentir o que faço
Desço para beijar a tua barriga fazendo-te sentir a minha barba aparada a roçar na tua pele.
Sem perder tempo e com uma mão de cada lado tiro as tuas calças pijama com a ajuda das tuas pernas esticadas apontando para o teto. Com as tuas pernas abertas para mim em V, completamente exposta e desprotegida perante mim, começo a beijar o interior das coxas até chegar à virilha, quando sinto uma tua mão na minha cabeça.
Num movimento repentino agarro o teu pulso com uma mão e pressiono-o acima da tua cabeça ficando cara à cara contigo
- Não me tocas, até eu dizer em contrário - digo-te ao ouvido
- Oh não sejas mau, deixa lá.
Sem responder retorno às tuas virilhas.
Os beijos transformam-se em lambidelas lentas ao longo dos teus lábios exteriores que te fazem tremer de prazer e ansiedade pelo que ai vem.

Depois de torturar ambos os lábios da mesma forma, passo a língua plana de baixo a cima no centro da tua vagina, acabando no clitoris, onde começo sugar com os lábios presos à volta dele, provocando uma contração involuntária nas tuas pernas que me tapam os ouvidos.
Reajo abrindo as tuas pernas bruscamente com as minhas mãos sem parar com o prazer que te estou a dar.
Gemes alto, guinchos agudos saem de ti quando fechas a boca e mordes os lábios para que o teu prazer não se ouça através das paredes do quarto.
Moves as tuas ancas de cima para baixo para sentires a minha boca ao máximo.
O prazer começa a acumular quando sentes um dedo entrar em ti.
Apenas um dedo faz-te inspirar mais fundo.
Sinto as tuas paredes interiores com o meu dedo médio e começo a passa-lo num vai-vem lento pelo teu ponto G.
Esforças-te imenso para acalmar a tua respiração.
- Diz-me quando te estiveres prestes a vir.
É então que te penetro também com o meu anelar e com os dois dedos em gancho no teu ponto G e a palma da minha mão no teu clitoris, começo um movimento ritmo de "vem cá".
Os sons do teu sexo molhada ecoam pelo quarto.
O volume dos teus gemidos dizem-me que já perdes-te o controlo, que já pouco importa quem ouça.
Gritas, contorces-te com a avalanche de prazer repentina que cai sobre ti, apercebeste-te já que não és tu que controlas o teu corpo, mas sim eu.
- Ah! Fooda-se! - dizes quando o teu primeiro orgasmo invade o teu corpo e sinto as tuas paredes interiores a contrair sobre os meus dedos.
Mas não paro por ai.
Continuo ao mesmo ritmo, mas agora com a outra mão pressionando sobre o teu ventre.
Deixas de poder perceber onde acaba um orgasmo e começa outro.
Contrais-te toda e assim que outra onda de prazer se abate por todo o teu corpo, esticas-te curvas a coluna ate se levantar da cama.
Não controlas o teu corpo nem a tua voz.
Apenas ai tiro a minha mão encharcada de dentro de ti, e com um movimento só encosto os teus joelhos ao teu peito e com a outra mão dou uma palmada forte no meio da tua nádega.
- AU!
- Não me disseste quando te vieste.
- Eu...eu nem conseguia pensar - dizes ainda sem fôlego.
É difícil para mim andar na linha que divide o prazer que sinto quando controlo alguém, e o prazer de ouvir alguém exprimir o quanto prazer lhe estou a dar.
Estando ao teu lado saio da cama e começo a tirar a minha t-shirt quando sinto as tuas mãos a manobrarem a fivela do meu sinto, tirando-o surpreendentemente rápido e passando para o botão e para o fecho, e sem demoras, metes uma mão dentro dos boxers e outra a tentar tirá-los (de forma diria desajeitada).
Enquanto isso aprecio a vista de cima que tenho de ti, vendo-te ancilosa e apressada, focada apenas no teu objectivo de o ter na mão, de senti-lo finalmente.
Agarra-lo sem conseguir tocar com a ponta do polegar nos outros dedos.
Tentas abocanha-lo mas es parada por uma mão que te puxa todo cabelo que te faz soltar uma gemido.
- Não achas que te ia deixar fazer o que quisesses pois não? - digo olhando no teus olhos com uma mão no teu queixo e outra agarrando o teu cabelo.
- Acho que dev...
Antes de terminares, puxo-te para fora da cama pelo cabelo ate ficares de joelhos a minha frente, com o meu membro directo para a tua cara com a tua mão ainda nele num vai vem lento ao longo de todo o comprimento.
- Tira a mão, abre a boca, língua para fora.
Com hesitação, tiras a mão e depois de molhares os lábios com a tua língua, estendes-la para fora de boca aberta.
Agarro nele e passo-o na tua língua, esfregando-o na direcção da tua boca sem nunca entrar, até que puxo a tua cabeça contra mim e engoles metade do seu comprimento.
Com uma mão cheia do teu cabelo, tiro-o da tua boca completamente envolto de saliva.
Enquanto ainda lutas por ar, coloco-o mesmo a frente da tua boca tocando nos teus lábios.
- Abre.
Olhas diretamente no meus olhos e abres a boca com a língua de fora como a menina bem educada que és.
- Só quero sentir a tua boca a tocar-lhe.
Sem muitas opções, a tua mão direita escorrega para o meio das tuas pernas para te satisfazeres  enquanto me satisfazes, ao passo que a esquerda escolhe ficar a roçar desajeitadamente nos teus mamilos.
Quase com vida própria, a tua mão penetra-te com dois dedos, fazendo-te sentir servida por ambos os lados.
Numa última investida penetro a tua boca até quase tocar a garganta, ponto em que o retiro rapidamente e te ponho de pé com uma mão ainda agarrando o cabelo e outra no teu pescoço.
Ainda sem fôlego mas com demasiada fome para parar, beijo-te furiosamente com a minha língua entrelaçada na tua, como que congratulando-te pelo bom trabalho.
Viro-te repentinamente e com uma mão nas tuas costas, empurro-te para cima da cama, com o peito encostado na cama puxo-te pelas pernas até ficares de joelhos no chão e rabo espetado para mim.
De olhos fechados sorris pelo que ai vem.
Pego nele e roço-o nos teus lábios de cima a baixo até achar que ja te provoquei o suficiente.
Com ambos bastante molhados, numa só estucada entro dentro de ti quase até ao fim, sentido resistência apenas pelo quão apertada estás em relação a minha grossura, fazendo sair de ti um inspirar audível, seguido de um grunhido de alivio por estares finalmente a ser preenchida por mim.
Talvez seja tarde demais para pensar em preservativos.
Com mais uma ou duas estucadas estou ja completamente dentro de ti, tocando no fundo do teu interior.
Vai demorar mais alguns minutos até a tua entrada se habituar ao quão aberta eu estou a exigir que esteja.
Agarro nas tuas ancas e começo a aumentar a força do impacto nas tuas nádegas.
Fechas os olhos e abres a boca, vocalizando sempre bato no teu fundo.
Agarras a colha da cama com as duas mãos, apertando para que não saias do mesmo sitio e para  aliviares a tenção sexual que cresce em ti.
- Foda-se eu vou-me vir outra vez!
Nesse exacto momento penetro-te até ao fundo e tiro-o antes que o teu orgasmo comece.
- Oh foda-se vá lá! não me faças isso! - dizes numa voz com uma pitada de carente e outra de raiva, ao mesmo tempo que as tuas pernas tremem, como um corpo viciado privado da sua droga favorita.
- Ainda não percebes-te que não te vens quando tu queres?...
- Vá lá! dá-me por favor! - a tua voz fica mais necessitada
Afasto-me da cama enquanto me masturbo a apreciar a vista que tenho de ti, soada, pousada como eu quero completamente submissa ao prazer que te dou.
Começas a abanar o rabo e metes um dedo dentro de ti como braço debaixo do teu corpo, aliviado ao mínimo a necessidade de me teres dentro de ti, ao mesmo tempo que pedes que volte.
- Não sabes pedir eu não volto.
- Mete-o aqui por favor!
- Para quem é que está a falar?
- Para si...senhor...
- O que é que quer que faça?
- Volte para dentro de mim senhor.
- Não ouvi!
- Por favor foda-me senhor!
Chego-me ao pé de ti e dou-te uma palmada certeira mesmo no centro de uma nádega.
- Linda menina.
Agarro nas tuas pernas e volto-te de barriga para cima
Penetro-te e com as tuas pernas a volta da minha cintura, agarro nas tuas mãos e puxo-te para mim, abraçando-te e beijando-te profundamente assim que os nossos peitos se tocam, enquanto tentas girar as tuas ancas para aproveitar ao máximo os momentos em que o tens dentro de ti.
Dou-te uma palmada fulminante numa nádega que faz soltar de ti um grito ensurdecedor, e antes que recuperes, agarro em cada uma delas com mãos cheias e levanto-me.
Sentes tonta de vertigens mas ao mesmo tempo segura pela firmeza das minhas mãos nas tuas nádegas.
Em dois passos faço-te embater com as costas contra a parede fria do quarto, e sem perder tempo fodo-te com toda a minha força enquanto te mordo levemente na base do teu pescoço.
Cada investida minha é igualada pela tua anca que puxo para mim pelas as minhas mãos.
Uma mistura de prazer como não conhecias com a dor provocada pelos meus dentes, uma combinação que te faz adorar-me e odiar-me, cria uma tensão em ti que é apenas aliviada com as tuas unhas a enterrarem-se nas minhas costas.
Aprecio o gesto, apesar de tudo não posso ser só eu a estar enterrado em ti, mas infelizmente não posso deixar que continues a fazer o que queres.
- Aperta-me bem - digo com movimentos dos meus cotovelos forçando as tuas pernas a cruzarem-se mais nas minhas ancas.
Elevo os meus braços tirando-os do teu rabo para apertarem os teus pulsos e encosta-los à parede acima da tua cabeça.
Não abrando nem enfraqueço a forma implacável como te penetro.
Parece que estou apenas viciado nos gemidos contínuos que saem de ti a milímetros dos meus ouvidos. Contínuos pois coincidem com os teus orgasmos e não com as minhas ancas. Se existe algo mais excitante do que ouvir os orgasmos de uma rapariga que acabou de descobrir que gosta de ser dominada, são os momentos em que os picos de prazer chegam ao seu cérebro e a impedem sequer de falar, os momentos em que apenas a minha respiração e os impactos das nossas ancas completamente inundadas se fazem ouvir no quarto. É num desses picos que paro completamente enterrado em ti, e volto agarrar pelo teu rabo pois com as tuas pernas a tremer não me parece que te aguentes sozinha no ar.
Descansamos alguns segundos nessa posição recuperando o fôlego quando me dizes num volume baixo:
- Dás cabo de mim...não sei se aguento mais...
- Ainda bem que não tens voto na matéria então.
Agarro-te bem, viro-me e começo a andar em direção à cama onde caímos comigo por baixo e ainda dentro de ti.
- Agora é a minha vez - digo-te
Ao mesmo tempo que começo lentamente a foder-te, fazendo-te sentir cada centímetro, agarro uma das tuas mamas e começo a circular o teu mamilo com a minha língua. Sinto uma mão a agarrar-me na parte de trás da minha cabeça, segurando-me para que continue a trabalhar no teu mamilo.
- Foda-se não pares!
A utilização do verbo na segunda pessoa levou a minha mão esquerda aberta a pousar toda na tua nádega esquerda com mais força do que esperavas, enquanto continuo a imprimir o mesmo ritmo lento com que te penetro.
- AI! Foda-se desculpe, por favor não pare, por favor não ...
Ouve-se um telemóvel a tocar, em cima da mesa de cabeceira, é o teu.
Vês a cara de uma colega tua no ecrã e pelo relógio no telemóvel apercebes-te que quase duas horas tinham passado desde que me deixas-te entrar.
Ignoro o som do telemóvel e com o outro mamilo a sentir-se com inveja, agarro a tua mama esquerda e dou-lhe o mesmo tratamento, sem esquecer o mamilo direito que continuo a circular com o meu indicador, lubrificado pela minha saliva.
Devias atender, pois tinham combinado encontrarem-se em tua casa para trabalharem e provavelmente ela estava já à porta, mas será que querias mesmo atender?
Acelero o ritmo e respondo por ti a essa pergunta.
- Não vais atender? - o telemóvel continua a tocar com o som do do impacto das minhas investidas a iguala-lo em volume.
- Não senhor...
- Porquê?
- Só quero mais disto senhor, por favor.
- Queres sentir o teu senhor a vir-se?
- Sim, sim, por favor.
Parece-me a mim que já gostas de palmadas, pois não acredito que tenhas dito isso sem saber que levarias uma imediatamente a seguir.
- Ai! Desculpe, sim por favor senhor, venha-se dentro de mim!
Sabes mesmo o que estás a dizer? Será que percebes o que me estás a pedir? Será que estás em controlo do que estás a dizer?
O telemóvel pára de tocar e a minha mão vai directa para as tuas bochechas apertando-as de cada lado e puxando-te para mim de boca aberta para te beijar profundamente.
Após uma última palmada bem forte, rolo rapidamente para ficar em cima de ti, contigo de pernas para o o ar completamente abertas para mim, onde começo a foder-te com mais velocidade, soltando de ti gritos sem qualquer contenção.
Para os conter deixo a minha voar directamente para o teu pescoço que começo a apertar ligeiramente.
Penso que talvez agarres no meu pulso para tirar a minha mão do firme aperto no teu pescoço, ou que talvez num breve momento de lucidez tentes empurrar-me para que não me venha dentro de ti, mas o que fazes surpreende-me.
Agarras-me no rabo e tentas (sem muito resultado por estares já bastante cansada) que te foda com mais força.
Tenho de admitir que a tentativa é adorável.
Percebo-me então apenas pelo movimento dos teus lábios:
- Vou-me vir!
Com o teu pescoço na minha mão puxo-me para ti, beijando-te e nesse preciso momento explodindo dentro de ti.
Permaneço dentro de ti com os nossos lábios colados e de olhos fechados apreciando um orgasmo duradouro.
Endireito-me e começo a penetrar-te lenta e suavemente com um sorriso na minha cara.
Tentas inspirar todo o ar que podes com as mão na cabeça puxando o cabelo para trás e tentando compreender o que acabou de acontecer.
- Não tinha noção que eras uma menina tão submissa, ainda bem que tentei.
- Não faço ideia no que é que me acabaste de transformar - repondes de olhos fechados e braço  expendidos para o lado.
O telemóvel toca de novo e de repente acordamos para a vida real.
Um correria começa.
Atendes o telemóvel enquanto saio do quarto e vou à casa de banho tomar um banho frio onde acabas por te juntar a mim.
Começo a vestir-me e aprecio-te a por as tuas cuequinhas ainda sem muito equilíbrio, caindo mesmo para a cama quando pões as tuas calças de ganga justas.
Antes mesmo de abrir a porta olho para ti e com um ultimo leve aperto no pescoço chego-me a ti e beijo-te rapidamente, com um olhar apenas confirma-mos um ao outro que isto foi apenas o começo.

domingo, 16 de outubro de 2016

Um Problema de Ego

O problema do meu ego, é na realidade um problema de auto-estima.
Esse existe desde sempre.
A carência de ser aceite, de ser vangloriado, de ser considerado o melhor.
Carência é um palavra tão meiga para o quão rude eu sou.
Eu quero, eu quero o que não consigo ter, eu preciso do que quase certamente não me faria feliz, mas que certamente me coçaria a comichão que o ego me cria.
Não sai da minha cabeça aquilo que nunca la deveria estar, importa-me aquilo que não deveria querer saber.
Percebo agora porque tenho esta comichão.
O afastamento que sempre senti, a barreira que sempre foi erguida entre mim e todos, só me fez mais querer salta-la.
Mas nem todos nascemos lindos e perfeitos, com um sorriso atraente, com um jeito calmo e divertido.
Não interessa o quão eu tente, o jeito não está em mim.
Triste o dia em que percebi, havia algo que me coçava tão temporariamente esta comichão.

Sexo, descobri eu, é a única coisa onde o meu ego é momentaneamente substituído por orgulho que me satisfação.
Nada tem a ver, nem sequer penses que falo amor, pois não existe conexão para além da física.
Quando dou prazer, sou aceite quando me dizem que sou o melhor, quando me esforço para dar o máximo de prazer.
Que criatura vulgar, que se reduz ao quão fantástico é o orgasmo que é capaz de dar a outra pessoa.

Pergunto-me então, que mais há então a fazer?
Que mais alto feito deveria eu querer?
Não são essas duvidas apenas criadas pelo altos valores da sociedade em que me encontro?
Pouco mais há para mim do que querer coçar a comichão do meu ego.
Não pára, não me satisfaz, não deixo de pensar nisso.
Dói-me.
Mas não deixo de o querer, pois como poderia deixar?
Algo tão entranhado não sai com nenhuma lavagem.
Não interessa o quão me digas que te dei o melhor dos orgasmos, a maior quantidade, o mais rápido, que quase que desmaias, que estejas viciada.
Não interessa que mo digas, se outras não mo dizem, ou se outros o poderiam fazer melhor.
Isso tudo deixa de ser fantástico pouco depois de sair da tua boca.
Ainda assim procuro-o, pois não interessa o quão breve seja, é tudo.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Solução

Encontro sempre a errada, sei que ela nao está em mim, enquanto a correcta se encontra escondida nas minhas costas.
Não interessa o quão me vire pois parado viria o mesmo.
Porque se esforça tanto?
Porque me esforço pouco?
Numa solução virtual, nada é testado é a não ser nas cabeças dos que me testam, os incompreenssiveis, os intelectuais.
Mudando de opinião, mudam a solução, sem rima ou razão.
A dificuldade é prever a mudança que me conduza a solução sem rima, não a uma solução, mas a essa solução, que encaixe nos incompreensíveis e lhes agrade.
Essa é a solução.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

The ProtoSapiens - Angui's Story (Capítulo I)

Perdemos toda e qualquer noção de tempo.
Só parece existir agora, e para sempre.
Não nos esquecemos de nada, não que haja muito para lembrar.
Não dormimos.
Mil anos passam como se de um segundo se tratasse, onde tudo ou nada se podia ter passado.
Deixamos de perceber o que foi antes ou depois, não sabemos o que esta para vir, tudo simplesmente acontece, e já foi, ao mesmo tempo.
Como conseguimos ser capazes de fazermos isto a nós próprios, é tão curioso como o facto de terem achado que era uma boa ideia.
Ficámos aparentemente parados no tempo, durante quase 3 milhões de anos.
Durante toda a viagem, pensei incontáveis vezes, se não teríamos partido demasiado cedo.
Esses pensamentos chegam, como se não os tivesse pensado, como se me os fossem mostrados.
Algo mais me foi mostrado.
Como tudo isto começará e como tudo acabará.

Preparamo-nos agora para o primeiro contacto.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Estou farto de ser eu


Posso mudar de cara contigo, por uns tempos, só uns tempos?
Posso esconder-me na tua pele por uns tempos?
Só preciso de algum tempo, para aprender a ser como tu, para deixar de ser o que sou.
Só quero perceber, só quero entender o que se diz e como se diz, o que se faz.
Só quero aprender a não ser eu.
Não quero que ninguém me veja, porque favor não olhes para mim.
Podes-me conhecer de novo?
Como pela primeira vez que me visses.
Olha para mim outra vez.
Como se olhasses para ele.

Momento

Não compreendo este conceito.
Um lugar temporal que não existe senão como uma ilusão na nossa mente.
Uma ilusão que por si só, nos faz querer continuar a viver.
Sem mente não há momento, tudo já aconteceu, tudo é passado.
E para mim, todos os momentos são passado.
O futuro não existe. Não me mintam. Não criem mais ilusões para me fazer querer viver.
Ligam-me a tempos como ligam uma máquina que faz respirar um passeente em morte cerebral.
O momento de que todos falam não me deixa ser feliz.
O momento é passado.
Fazer alguém feliz , é a única ilusão que me faz feliz, é a única que está sempre comigo, que eu quero recordar, é fora do espaço e do tempo, e é a única que sou incapaz de criar.
Não vivo do momento, vivo de ilusões.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Not good enough

Acerca do facto de que não sou quem gostava de ser tenho muito a dizer.
Sobre as minhas inseguranças tenho ainda mais.
Não sei distinguir entre ser inseguro e ser simplesmente incapaz de de satisfazer suficientemente bem, algo que é de mim exigido, ou que exijo de mim.
Não sei se o que me impede de alcançar, se a minha inabilidade, ou a minha insegurança.
A insegurança de nunca poder alcançar sem deitar tudo a perder, semeia ilusões que sei nunca se irão concretizar. Talvez por isso se chamem ilusões. Talvez não passe do meu medo de errar.
Mas não é medo, é premonição que se torna realidade.
É o que é certo que vai acontecer, é ciência certa.
A incapacidade de ser melhor e mostrar que sou o melhor de todos, faz-me perder todas as hipóteses de cumprir os objectivos que me dão, incluindo ser o melhor.
Não passo dos objectivos que me dão, porque eu só quero agradar.
Mas não sou bom o suficiente.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Grupos

Não há provavelmente nada que me meta mais nervoso em todo o meu percurso de ensino, do que fazer grupos.
A minha dificuldade de me relacionar com quem não conheço, associada às amizades super superficiais que pareço formar, fazem de mim uma não opção para qualquer grupo de trabalho.
Sou aquele que tem de pedir a um grupo de pessoas com quem penso me dar bastante bem, se posso estar no seu grupo.
Sou aquele que já está sem grupo antes mesmo de dizerem para os formarem.
Sou aquele que se ficar sem grupo ninguém nota, porque não adiciouno valor ao trabalho, e porque não estou intimamente ligado a ninguém o suficiente.
Sou aquele que ninguém nota se deixar de existir.

Não, não tenho raiva para com essas pessoas.
Tenho raiva para comigo, tenho pena de mim, odeio-me por não conseguir mudar e ser quem não sou.
Odeio-me porque o que sou não basta, nem para dar o primeiro passo.
Odeio a imagem que dou a todos, com que todos ficam de mim.
Não sou suficiente para um grupo, qualquer que seja o tamanho dele.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Existir

Não compreendo como é possível acreditar-se que existe algo mais para além do que realmente somos.
Um acumulado de moléculas bem organizadas, que interpretam outras moléculas, que preferem continuar a ser, ou por uma razão ou outra, preferem deixar de coexistir, sem qualquer tipo intenção singular.
Assim se percebe que não existe sentido ou razão para a existência, quando o ser quer deixar de querer existir, se percebe que o seu acontecimento nada mais tem de especial do que milhões de anos de evolução, o qual não passas do resultado.
Apenas mais um na cadeia.
Felicidade não passa de uma desculpa para prosseguir a existir.
Nesse caso...
Talvez os átomos que me formam, se reúnam em algo mais feliz da próxima vez

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Peça #4

I now undeerstand what I didn't get then
I got my self now, I do stand a chance 

domingo, 8 de setembro de 2013

O Regresso

Ja oiço o comboio ao longe.
Ja sinto o frio pela cara e pelo pescoço.
Sinto o bater do coração irregular.
Sinto a pressão de fazer melhor do que sou, sem saber como, sem recompensa.
Espero só pelo tempo de confirmar a minha incompetência.

Peça #3

In dreams there is only reality
And reality has become a nightmare

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Peça #2

Tomorrow I will look at the sun
And hope you are not there
When I close my eyes

Peça #1

Procuro
Juntar peças perdidas
Encontro novas
Choro as que ficaram pelo caminho

domingo, 4 de agosto de 2013

How

Why
Am I this stupid
Why
Keep on confusing
Love with Jealousy
Beauty with love
Simple and simply

Why do I know it’s impossible
But like lying to myself
Do I only feel it’s impossible
But I’m just giving up

Can I look hollow and in tune with another heart
Or the mind not the heart doesn’t tune

Can I look mad and spook a heart
Or have I already done that

Why
Is jealousy strikin’ again
Why
In my mind I break the train’s window
With my Hand
With my madness I don’t want to feel
To show
To rise
To be

Why can’t I talk
Why can’t I interest
Why others do

Do I love you?

Why would I?

How can I?

Taking the first step I did
As you said I should
Feet feel stuck on the ground
With the nails you nailed them as early as you could

Have you missed me today
Not that you ever did
Not that you ever will

How I know
How You know
How You keep your inside from me
Tells the story I already knew
How you want to know my inner thoughts
Still disturbs my whys

Remind me again how I am not your fitting half

Tell the excited part
Your inside is locked for your fitting half
Tell the “it’s impossible” part
Your almost there, just keep makin me laugh

One day Happier
Another day crapier
One day feeding
Another day starving

The Journey ends here today
The distance to travel is now longer than the miles between us
The … is now successfully scared away
Subtle ray
Projecting shadows
Until the end of the day
Until the definite set of the shadow rises


Let there be End in the morning




Este é um texto com quase 2 anos, que acabei de encontrar no meio de ficheiros perdidos e decidi colar aqui