Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Imagino-te

Às vezes imagino-te de manhã, ainda ensonada, aconchegada nos lençóis, enquanto começas a despertar.

Imagino-te levantando lentamente de olhos semi-cerrados, vestida apenas num curto pijama de lã que mal toca na tua suave pele.
De casa vazia diambulas
Na direção do banho caminhas
Entre quatro paredes revelas
Os teus doces arcos
Delicados afrodisíacos


Imagino que o tempo pára

A primeira gota cai
Toca-te como a ponta dos meus dedos
Percorre-te
Amena na tua petala

Acordas no verdadeiro sentido da palavra.

Quente é a água que passa nas tuas costas
Como o meu peito que a ti se encosta
Enrolo-me nas tuas curvas
Do mesmo modo que a água se escorrega pelas pernas

Dás um surpreso e cerrado olhar para trás sobre o ombro esquedo, nesse teu jeito tão feminino, enquanto agarras o chuveiro com ternura contra o teu peito, como se de um peluche se tratasse.

Mas eu não estava lá.

1 comentário:

  1. A imagem tornou-se nítida e poderosa na minha mente.. também eu construo essas pontes, mas ainda não cheguei à outra margem..

    ResponderEliminar