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domingo, 5 de agosto de 2012
Domingo
Lentamente.
Dito lentamente com um voz surda do vento a parado a passar pela brecha da janela.
Acordado por feixes de luz ténue que me massajam os olhos.
Digo-lhes que entrem enquanto subo o estor e abro a janela.
Sinto-me levados por mãos de ar ameno mas refrescante da manhã.
Realmente há ainda dias em que tudo o que me passa pela cabeça parece ser substituído pelos pequenos prazeres de viver.
Vagueio pela casa ainda na penumbra com fofas pantufas de lã que me aquecem os pés.
A água fresca estala as mãos ainda quentes e desperta o meu rosto.
De casa vazia, preparo um pequeno almoço especial de cerelac e estrelitas.
Numa cozinha silenciosa, onde não quero que o ruído dos telejornais me arruíne o momento.
Abro, clico, ligo o computador.
Este Jazz quentinho e acolhedor como leite que deixei a aquecer invade todas as paredes da casa.
E assim fico sentado de olhos fechados, a degustar cada momento, cada segundo, antes que o domingo acabe e o tempo se esgote.
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