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sábado, 21 de julho de 2012

Ela que não existe

Com ela eu gostava de estar.
Se ela exisitisse, faria-me falar como ninguém fez.
A conversa ia e fluía como se algo em mim me mandasse dizer qualquer palavra que a minha cabeça pensasse.
Ela seria simples, vulgar, no seu vulgar especial.Na minha opinião.
Ela não se ofende com coisas menores, ela não magica na cabeça que não existe.
Gostava que ela tivesse o Ego que eu não tenho, mantendo-o em perfeito equilíbrio.
Gostava que ela tivesse o humor livre e despreocupado e um sorriso de graça e simpatia.
Ela fala.
Fala muito e ás vezes até demais, mas fala-me do que pensa, fala do que sente, fala-me do que a preocupa, e não remói dentro o que a rói fora.
Ela é de outra realidade, mas compreende a minha como eu compreendo a dela.
Não compreende as bandas que ouço ou os filmes que vejo, mas deixa-me que lhe explique, e talvez goste.
Deixa-me que te deite na história.
Nos lençois digo, e te conte a história de Metropolis parte 2.
Os enredos e os mistérios, os tons e sons, os porquês e as razões sem lógica.
Que há tarde façamos amor no outra lado da lua, e à noite ainda tenhamos forças para dançar um light jazz num sitio calmo.Eu não sei dançar, mas ensinas-me.
Porque estou a falar no presente?
Ela seria a pessoa com a qual eu esqueceria tudo, e eu talvez fosse o mesmo para ele.
Não talvez! Seria...serei possas.
Gostaria dela quando me pergunta-se o que é isto ou aquilo, como é isto ou aquilo, como é que se toca aquela música?
Séries, Filmes, experiências, que nunca vivemos, que gostaríamos de tentar?
Tudo isso seriam as nossas conversas.
Tu irias-me ensinar o que nem sei existir e falaríamos disso durante horas.
Não
Acho que me estou a enganar.
Com essa pessoa não precisaria de falar como todas as outras, eu olhava nos seus olhos e diria tudo o que tinha a dizer, sem dizer uma palavra.

PS: Leio isto e acho, há tantas coisas mais que queria dizer, mas não me ocorre, então fica por aqui, porque acaba bem, acho.

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